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Caríssimos Padres, Diáconos, Seminaristas, Religiosos, Leigos, Jovens e Adultos:
Aproxima-se a Festa do Nascimento de Jesus, que pouco diz a quem trocou o Menino Jesus pelo Pai Natal e pelo consumo desenfreado dos prazeres do mundo secularizado, agnóstico, indiferente e egoísta. O Natal perdeu a conotação religiosa, com o Filho de Deus feito homem. O eclipse de Deus trocou a adoração de Jesus pelo dinheiro, pelos bens materiais, pelo espectáculo e pelo brilho efémero das coisas terrenas.
Este Natal é, de certo, o último, como Bispo de Vila Real e, por isso, peço para serdes fiéis à vocação a que fostes chamados, de fé e esperança, no Filho de Deus, que fez de nós filhos e herdeiros do Reino de Seu Pai. Permanecei firmes, na fé e na esperança, e activos, na caridade, sem terdes vergonha de Cristo, que nasceu, morreu e ressuscitou, para nossa salvação. Em resposta, à vinda e descida do Filho de Deus, que encarnou e se fez homem, peço para serdes arautos do anúncio vivo do Ressuscitado. Como disse Bento XVI aos jovens: “não tenhais medo de Cristo porque Ele nada vos rouba, mas tudo vos dá e assegura”. Já o Papa S. João Paulo II, no início do pontificado pediu: “Não tenhais medo. Abri as portas a Cristo, antes escancarai-as”.
1.- No Ano Missionário, o lema é:“todos, tudo e sempre em missão”. A Missão é nota constitutiva da Igreja evangelizada e evangelizadora e fruto das Missões Divinas do Filho e do Espírito, que brotam da fonte do amor do Pai. O Filho de Deus fez-se carne, passou fazendo o bem, morreu e ressuscitou, venceu o pecado e a morte, sendo nosso Modelo, Mestre e Referência Suprema. Por sua vez, o Espírito Santo é o dom do Pai e do Ressuscitado, para anúncio do Evangelho, e é a alma da Igreja, vivendo, no nosso coração, como num templo. O Espírito é o cordão umbilical e o Amor em Pessoa, na Trindade Santíssima. É Ele que derrama o amor nos corações, para ser comunicado e ateado e conquistar todas as criaturas, para o conhecimento e amor de Jesus Cristo.
Peço, Irmãos caríssimos, Padres, Religiosas e Leigos, que vivais santamente, no amor e façais a vontade de Deus. Cristo conta convosco e espera muito de vós. Ninguém fique de fora, nem deixe de fazer a vontade de Deus e de O glorificar. Somos chamados a evangelizar, a amar e crescer, na santidade, segundo o mandato de Deus: “sede santos como Eu sou santo”. O programa é obedecer a Deus, fazendo a Sua vontade, porque, como diz S. Paulo, “a vontade de Deus é a vossa santificação”.
O símbolo da Porta do Ano Missionário abre ao horizonte da missão universal e mostra a importância e a necessidade dos agentes evangelizadores e comunicadores da fé em Cristo. A visão de Tróade (Act 16,9-10) levou Paulo a passar à Macedónia, abrindo a porta ao anúncio de Jesus Cristo, na Europa. Do mesmo modo, o ardor missionário e a necessidade de levar o Evangelho de Cristo a todos, contribuirá para a evangelização e santificação do mundo e para o conhecimento do amor de Jesus Cristo Filho de Deus. “Há caminhos não andados que esperam por alguém”.
Há que preparar os agentes evangelizadores, os arautos da Boa Nova de Jesus Cristo. Há que inovar, que arregaçar as mangas e encontrar maneiras novas e nova linguagem e os processos de cativar as pessoas, para o conhecimento e o amor de Deus, que se manifesta em Jesus Cristo e nos santifica e molda interiormente, pelo Seu Espírito.
2.- Estamos a preparar a Celebração do Centenário da Criação da Diocese, que ocorre a 20 de Abril de 1922. Há que sonhar, arquitectar e implementar estudos, celebrações e acções de catequese e evangelização, nas Paróquias e nos Arciprestados, com novos processos, nova linguagem e novo ardor, em ordem à construção da Igreja Diocesana, feita de pedras vivas, ou seja de cristãos convertidos e inteiramente fiéis e conformes à imagem de Jesus Ressuscitado. Convido as Crianças, os Jovens e os Adultos de todas as idades a empenharem-se, na obra da construção da Igreja Diocesana, em que cada um de nós é, e deve ser, uma pedra viva do Templo do Senhor Ressuscitado.
Há que formar Leigos, apostar neles, confiar-lhes as missões a que são chamados e, para as quais estão, naturalmente, capacitados e predispostos. A Diocese esvazia-se. A população diminui. A mobilidade traz problemas. A pertença à comunidade paroquial e diocesana ressente-se disso. Os Padres são cada vez menos. É preciso rezar e pedir trabalhadores para a seara do Senhor, mas há que acordar para a nova evangelização dos poucos que somos, espevitando o ardor missionário, indo às periferias, para levar o tesouro do Evangelho aos homens e mulheres de hoje, à imitação dos Magos que, guiados pela estrela, foram adorar e levar os seus dons ao Menino Jesus.
Como os Pastores de Belém, que obedeceram ao coro dos Anjos e foram ao Presépio, e, como Maria Santíssima, que obedeceu, foi fiel e acreditou em tudo o que lhe foi dito da parte do Senhor, assim cada um de nós se abra à vontade de Deus e se predisponha a pô-la em prática, indo anunciar, como a Mãe de Deus e como os Pastores, a alegria do amor do evangelho de Jesus Cristo Salvador.
Assim, o Natal terá eco, nas nossas vidas, a vontade de Deus será cumprida, a Palavra de Deus será escutada e posta em prática. A Palavra de Deus está sempre à espera da nossa resposta de obediência, compromisso e missão. Se obedecermos e colhermos a mensagem do Natal, a razão de Deus encarnar e se fazer um de nós, testemunharemos que não foi em vão que o Filho de Deus veio, para nos dar a vida e nos servir e salvar, nascendo da Virgem Maria, fazendo o bem, morrendo e ressuscitando por nosso amor.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja convosco” (2 Cor. 13,13), com a protecção da Virgem e dos Santos. Amen.
+ Amândio José Tomás, bispo de Vila Real.
Colégio Salesiano de Poiares nos dias 8, 9, 16 e 30 de Dezembro
Dia 8 das 16h às 18h30.
Dia 9 das 15h às 17h.
Dia 16 das 16h30 às 18h30.
Dia 30 das 15h às 17h.
Aos Professores de Moral e Religião Católica (Act. 17, 22-34)
Caras Professoras e Professores de Moral e Religião Católica! Nesta manhã de Sábado viestes renovar o compromisso de fidelidade a Cristo e à Igreja. E a primeira palavra que vos dirijo é de apreço e esperança. Porque ajudais a construir o Reino de Deus, a vossa missão é sublime e preciosa, mas é difícil porque as famílias que vos entregam os filhos pouco lhes dão e a sociedade onde vivem é um corpo doente, sem valores, sem Deus, sem horizontes, sem transcendência. Os alunos são pasto do egoísmo e violência vivendo ciosos de dinheiro, prazer e vedetismo, contagiados pela perversão. Resistem à visão católica do mundo, que lhes dais, porque são escravizados pelo agir pós-cristão, materialista e injusto reinante, sedentos de êxito, lucro e posse desordenada, seguindo os critérios do mundo onde as pessoas valem pelo que têm e obtêm e não pelo que são, nem pela recto agir que deviam ter.
1.-Vós sois crentes, discípulos, seguidores, testemunhas de Cristo e ensinais, em nome da Igreja, que transmite o Evangelho da salvação que Jesus, o Filho de Deus morto e ressuscitado, nos dá e deveis comunicar na Escola e onde quer que vos encontreis. Mas sucede que, como diz Saint-Exupéry “o essencial não tem peso”. O que conta para a opinião reinante é êxito, lucro, carreira, indiferença, sendo os jovens prisioneiros do hedonismo e da violência. Num mundo assim sois sinais de contradição e a Boa Nova é escarnecida, como, no Areópago. “Ao ouvirem Paulo falar da ressurreição dos mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: “ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez. Foi assim que Paulo saiu do meio deles” (Act. 17,32). Os critérios do mundo não são os de Jesus que veio servir e dar a vida (Mc 10,45). O mundo apetece o que vê, saboreia, pesa, quantifica, o dinheiro e o que enche o estômago. Vós sois desmancha-prazeres. Remais contra a maré, pondes o dedo na ferida. O supremo bem, a verdade e a beleza não enchem barriga, nem pesam. No descalabro moral, cresce o ódio, a aversão e a indiferença de muitos e deste modo a corrupção global aumenta.
Em Atenas, Paulo anunciou Cristo Morto e Ressuscitado e o mundo escarneceu. Hoje, anunciamos sem esvaziar a verdade, porque há o perigo de calar, de reduzir a fé e a moral, para atrair, ser simpáticos e ouvidos. “Cremos facilmente o que queremos”. A gente ouve facilmente o que traz vantagens, não compromete, nem exige conversão. Há quem domestique a verdade, baixe o nível de guarda, hipoteque valores, reduza a mensagem, faça dela self-service, para agradar ao mundo. Mas a verdade está acima das conveniências. “Amigo de Platão, mas mais amigo da verdade”, diziam os antigos.
Para ganhar audiência, cala-se e mutila-se a verdade de Cristo, cedendo ao engodo do populismo, esquecendo as exigências do tesouro da verdade, que o Ensino da Moral e da Religião Católica deveria apregoar e apresentar, com convicção e coerência.
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Este ano, pela terceira vez, a Juventude Mariana Vicentina (JMV) realizou mais uma Missão Jovem JMV, uma missão popular inspirada nas missões populares vicentinas. Decorreu, entre os dias 7 e 15 de julho, nas Comunidades de Santo Estêvão, Faiões, Vila Verde e Santo António de Monforte, nas paróquias da unidade pastoral vicentina de Chaves, na Diocese de Vila Real.
Respondendo ao apelo do Papa Francisco de uma “Igreja em Saída”, um chamamento para “sair em direção aos outros para chegar às periferias humanas” (EG, 46), 12 jovens da JMV oriundos dos grupos JMV de várias zonas do país – que fazem lembrar os 12 Apóstolos –, acompanhados por um Padre Vicentino (da Congregação da Missão) e por uma Irmã da Companhia das Filhas da Caridade rumaram ao norte do país, bem perto da fronteira com Espanha, para desenvolver atividades missionárias junto das várias Comunidades.
Esta missão, definida como projeto de evangelização, relembra o papel dos primeiros discípulos, que num ato de coragem e de convicção partiram partilhar a Boa Nova. O objetivo desta missão é despertar as Comunidades para a Fé, aproveitando a alegria e a ousadia da juventude para atrair crianças, jovens, adultos e idosos para o caminho do Pai.
Para cumprir este objetivo, a equipa missionária realizou diversas atividades nas várias Comunidades: momentos de oração, animação litúrgica das Eucaristias, celebrações marianas, catequeses com agentes de pastoral, catequeses com jovens, atividades lúdicas e de oração com os idosos, visitas domiciliárias aos doentes, catequeses e atividades com as crianças, atividades nas instituições de apoio a idosos e jovens em risco… Tudo para despertar nos irmãos a chama da Fé e proporcionar uma experiência de encontro com Jesus Cristo.
Foi, sem dúvida, um tempo de partilha e de testemunho para toda a equipa missionária. Durante uma semana, os jovens deixaram as suas férias ou o seu trabalho para se entregarem ao anúncio de Jesus Cristo, através de obras e da oração. Desinstalaram-se da sua rotina quotidiana para partir rumo ao interior, para uma realidade de vivência da fé distinta da que estão habituados. E regressaram às suas paróquias com o coração cheio, pois foram acolhidos de braços abertos por todas as Comunidades, animadas pelo espírito da juventude e sedentas de aprofundar a mensagem de Jesus Cristo.
JMV Portugal
O que é a Juventude Mariana Vicentina
A Juventude Mariana Vicentina (JMV) é um movimento juvenil que tem por objetivo acompanhar os jovens cristãos no crescimento da sua fé, até à maturidade cristã. A JMV é o fruto de um desejo revelado nas aparições da Virgem Maria, em 1830, a Santa Catarina Labouré, Filha da caridade, que a encarregou da missão de organizar uma associação de jovens. No mesmo ano a Santíssima Virgem aparece novamente a Catarina e pede que se faça “cunhar uma medalha” que diria “Ó Maria concebida sem pecado rogai por nós que recorremos a vós”. É a chamada “Medalha Milagrosa”.
No total, a Juventude Mariana Vicentina está em 66 países no mundo, com mais de 100.000 membros ativos. Em Portugal conta atualmente com mais de 400 jovens dos 15 aos 30 anos.
Caros Jovens e Pais e Mães de Família! A alegria e a paz de Cristo estejam convosco!
O Ano Missionário inicia, em Outubro, a pedido dos Bispos de Portugal: Todos, Tudo, Sempre em Missão. O Papa Francisco, no centenário da Encíclica “Maximum illud” de Bento XV, quer que vivamos como “Baptizados e Enviados, na Igreja de Cristo, em Missão, no mundo”. Tudo vem do mandato de Jesus Ressuscitado, que disse: ide, ensinai, baptizai, sede minhas testemunhas. Baptizados em Cristo, somos missionários, herdeiros, filhos de Deus, obreiros do Reino. Durante anos, falamos de família, jovens, discernimento, vocação e de discípulos de Jesus, em ordem ao anúncio do Senhor. A Igreja tem como fim a fé e a salvação que nos vem, por Jesus, Redentor do homem.
1.-No Ano 2018-2019, a aposta é Jovens Discípulos, Arautos e Obreiros da Esperança. Há pouca gente nova. Muitos fogem de Deus e da Igreja. Há que apostar em Cristo, na Eucaristia, na Palavra e Oração, seguindo os mártires e confessores; formando agentes pastorais, anunciando o amor e fidelidade, sem contra-testemunho ou divórcio entre a fé e a vida. O cristão é fermento e obreiro do futuro. Não basta trabalhar e servir, sem a conversão. As pessoas querem a alegria verdadeira, a vida eterna e esperança em Deus. Há que pregar Jesus Ressuscitado, com convicção, receber e dar, por contágio, o dom de Deus às pessoas, pela via do amor. Deus é amor e quer compaixão, obediência e não ritualismo. Quer o anúncio da fé, que actua pela caridade, levando o tesouro, em vasos de barro. A força do anúncio vem de Deus. A missão é árdua, mas a vitória é certa pois cremos em Cristo. A Diocese dedicou anos à Família, berço, escola, púlpito da fé, célula mãe da sociedade e da Igreja e à vocação ao ministério ordenado e à vida consagrada. No Centenário das Aparições de Fátima, meditámos o repto da Virgem Maria aos Pastorinhos: Não quereis oferecer-vos a Deus?
2.- Captar as pessoas para a missão, unindo-as, na meditação da Palavra de Deus, nos Santuários, levados pela mão de Maria a fazer a vontade de Seu Filho. Abençoo a ideia de, no Ano Missionário, louvar a Mãe de Deus. Há pessoas que, a partir de Outubro, querem louvar a Deus, na Capela da Senhora de Lurdes, em Vila Real, na Eucaristia do primeiro Sábado, e aos Domingos, recitando o Rosário. Assim o templo inacabado, seria o pulmão espiritual da cidade, um centro de oração, formação e reparação, sob o olhar materno da Virgem. É bom que a Adoração Eucarística e a Oração Mariana do Rosário se multipliquem. A reparação é bem-vinda. Há que seguir as normas da Igreja, desagravar os Corações de Jesus e de Maria, quando os escândalos nos envergonham. Há que cerrar fileiras, praticar boas obras, fiéis ao Evangelho, à Mensagem de Fátima e ao Papa, dando exemplo, fazendo penitência e pedindo pelos pecadores.
As Igrejas da Diocese estejam abertas à Adoração do Santíssimo Sacramento e também à veneração da Santíssima Virgem, com a recitação do Rosário. O cristão não vive, nem anuncia Jesus Cristo, sem a oração de acção de graças, sem a Eucaristia e o Domingo, e sem o empenho da caridade, em prol dos outros, em todas as circunstâncias.
A Igreja Católica assenta na Adoração do Mistério da Eucaristia e na veneração da Mãe de Deus. Peço ao Movimento da Mensagem de Fátima, às Oficinas de Oração e Vida, aos Cursos de Cristandade, aos Convívios Fraternos, às Equipas de Nossa Senhora, aos Jovens, aos Universitários, aos Pais e Mães de Família para abraçarem e promoverem a Adoração do Santíssimo Sacramento e a Recitação do Rosário, para salvação do género humano e para maior glória de Deus e de Sua Mãe Maria Santíssima. Todos devemos cerrar fileiras por Cristo e Sua Mãe, como arautos do Reino e discípulos de Jesus.
O ardor missionário exige labor, oração, conversão do coração, prática sacramental, o arrependimento dos pecados, o amor e solidariedade, com os frágeis e excluídos. Há que ser fiéis, não ter vergonha de anunciar Jesus Cristo Morto e Ressuscitado, Mestre, Senhor e Pastor das nossas almas. Toda a Igreja é missionária. Ninguém fique de fora, nem deixe de testemunhar e viver a riqueza incomensurável de Jesus Cristo.
Que o Ano Missionário dê abundantes frutos de salvação. Encomendo-vos ao Senhor e a Sua Mãe, com o desejo que “a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”.
+ Amândio José Tomás, bispo de Vila Real
Sob o tema "DO DIREITO À ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL, À RESPONSABILIDADE DA COMUNIDADE - "Estive doente e abandonaste-Me", este encontro foi cuidadosamente pensado para Capelães Hospitalares, Voluntários, Profissionais de Saúde, Profissionais Sociais, Visitadores de Doentes, Agentes de Pastoral Paroquial e Comunitária, Estudantes... e acreditamos que ele constituirá mais uma ocasião privilegiada para se reflectir a dimensão da assistência, quando é o valor humano que está em causa.
Este ano o Seminário Formativo acontecerá nos dias 3 e 4 de Dezembro, e voltará a ter lugar em Fátima, na casa DOMUS CARMELI.
Para efectivação da vossa inscrição, poderão fazê-lo acedendo ao link que segue em baixo e preenchendo os respectivos dados que ali são pedidos.
Caros Diocesanos! Irmãos e Irmãs em Cristo!
Está próxima a Quaresma. Preparemos a Páscoa da Ressurreição de Jesus que nos dá a vida. A Quaresma é o tempo da mudança e da aposta na verdade, na beleza e no bem. Na Mensagem Quaresmal, o Papa Francisco lembra o discurso escatológico: porque se multiplicará a iniquidade, resfriará o amor (Mt 24,12). A corrupção e o multiplicar do mal leva ao eclipse de Deus, ao esfriar do coração e à indiferença. Para evitar o apagão do amor, discernir o bem do mal, abraçar valores que nos dignificam e fugir dos falsos profetas, que trocam a verdade de Deus pela mentira e adoram as criaturas em vez do Criador (Rm 1,25). A idolatria da auto-complacência priva da dignidade, da liberdade, do amor e da alegria. Se desprezamos o Belo, a Verdade e o Bem, ficamos reféns do dinheiro, da droga, da auto-satisfação e do egoísmo céptico e cínico como o do ímpio que diz “comamos e bebamos que amanhã morreremos”.
1.- Para fugir ao esfriar do coração e alcançar a salvação e a felicidade, abraçar valores perenes e praticar a virtude, a oração, o jejum e a esmola, que ajudam, no caminho da perfeição. A oração leva a Deus e ao próximo, impede o auto-endeusamento, o engano e auto-consolação. O jejum desarma-nos, modera, alicerça em Deus e no essencial. A esmola livra da idolatria e ganância, abraça o outro como uma mais-valia e acende, em nós, o amor divino inextinguível. A Quaresma é o tempo de misericórdia, da abertura, do perdão e da mudança, de acender o Lume Novo, o fogo da Páscoa de Deus e de Cristo e de atiçar aquela fome insaciável de verdade, beleza e bem que interiormente nos devora e dá alegria e sentido à nossa vida sobre a terra.
2. - O Papa pede 24 horas seguidas para o Senhor, nos dias 9 e 10 de Março e ao menos uma Igreja aberta, na Diocese, para adoração e confissão sacramental. A Catedral e as outras Igrejas garantam sempre a Adoração Eucarística e a Confissão aos Fiéis.
- Nem todos devem comungar Jesus Sacramentado, mas devem amá-Lo, adorá-Lo e desejar recebê-Lo no coração, fazendo a Comunhão Espiritual, junto do Sacrário.
- Exorto os Padres e os Fiéis à Celebração piedosa, atenta e participativa da Eucaristia e à Adoração. Desafio Pais, Crianças e Jovens a manifestar, junto do Sacrário, o seu amor e fidelidade a Cristo. Peço aos Pastores que dêem o exemplo de piedade eucarística.
- Peço aos Divorciados que adorem o Santíssimo Sacramento e aos Sacerdotes que os guiem, acolham e ajudem, com o amor de Deus e a esperança e todos louvem, adorem e digam louvado, adorado e desagravado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, fruto do ventre sagrado da Virgem puríssima Santa Maria!
3.- Os Pastores expliquem a vocação baptismal, a fé e o amor a Cristo e preparem os Fiéis para o Matrimónio, para o Sacerdócio Ordenado e para a Vida Consagrada. Há que encontrar Deus na Palavra, no Sacramento e no Irmão, apostando na Catequese da Família, nos Jovens e Pastoral das Vocações, respeitando as minorias e os Pobres. Aponto duas necessidades de formação e pastoral caritativa, para as quais a Diocese canalizará, em partes iguais, a Renúncia Voluntária dos Fiéis, durante este ano:
a) – Para as Conferências de S. Vicente de Paulo, a favor da Miséria Envergonhada e dos Pobres, vítimas de calamidades e abandono, necessitados de carinho e ajuda;
b) – Para Bolsas de Estudo, a favor de Seminaristas Pobres, que não podem pagar os estudos e desejam ser Sacerdotes e servir a Igreja no Ministério Ordenado.
Não amemos só com a língua e palavras, mas com obras e verdade (1 Jo. 3,18). Jesus ordena: “a messe é grande e os operários são poucos, pedi ao Senhor da messe que mande operários para a sua seara”. Os Jovens respondem ao apelo de Deus, com a ajuda da Igreja, que cresce com o anúncio do Evangelho, a santificação, a adoração e o exercício das boas obras de caridade.
Apelo aos Párocos, Paróquias e Comunidades Cristãs, para ajudarem na restauração da Capela-Mor da Igreja Matriz da Paróquia de S. Pedro do Covelo do Gerês, consumida por um incêndio, em Novembro passado, ficando só ileso o Sacrário.
Que Deus Vos dê a paz e a alegria e Vos recompense e confirme na fé e na prática das boas obras de misericórdia, para obterdes a glória eterna. Com votos de Santa e Feliz Páscoa da Ressurreição, imploro de Deus, para vós, a sua bênção. Amen.
Vila Real, Festa da Apresentação de Jesus no Templo, 2 de Fevereiro de 2018.
+ Amândio José Tomás, bispo de Vila Real.